- EAN13
- 9782371775770
- ISBN
- 978-2-37177-577-0
- Éditeur
- PublieNet
- Date de publication
- 03/04/2019
- Collection
- Nouvelles traductions classiques
- Séries
- Poèmes nouveaux (2)
- Nombre de pages
- 256
- Dimensions
- 20,3 x 13,3 x 1,4 cm
- Poids
- 269 g
- Langue
- français
- Langue d'origine
- allemand
- Fiches UNIMARC
- S'identifier
2 - Poèmes nouveaux
Deuxième partie
De Rainer Maria Rilke
PublieNet
Nouvelles traductions classiques
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Était-il, cet élan, dans l'auto qui virait ?
Ou bien dans le regard, où l'on prit et retint,
pour les perdre à nouveau, les baroques figures
d'anges qui se dressaient, parmi les campanules,
dans la prairie, emplies de souvenirs, avant
que le parc du château n'encerclât, clos, la course,
et qu'il ne la frôlât, qu'il ne la recouvrît,
la relâchant soudain : le portail était là,
qui, comme s'il l'avait appelé, désormais
contraignait à tourner le long front du bâti,
après quoi l'on stoppa. Éclat d'un glissement
sur la porte vitrée ; et par son ouverture
jaillit un lévrier, qui porta ses flancs creux,
comme il en descendait, contre le plat des marches.
C e s o n t c e s « p o èm e s d e l 'o e i l », d e l 'o e i l p o s é s u r l e s c h o s e s e t l e s p a y s a g e s , s u r l e s m o n u m e n t s , s u r l e s s c èn e s d 'i n t ér i e u r , s u r t o u t c e q u i f a i t l e m o n d e s e n s i b l e , q u e n o u s s o u h a i t o n s [ r e ] f a i r e d éc o u v r i r a u l e c t e u r f r a n ça i s , d a n s u n e éd i t i o n b i l i n g u e ( a c t u e l l e m e n t l a s e u l e d i s p o n i b l e s u r l e m a r c h é éd i t o r i a l ) e t d a n s u n e t r a d u c t i o n n o u v e l l e q u i c h e r c h e à r e n d r e , a v e c t o u t e s l e s d i f f i c u l t és d e l 'e n t r e p r i s e , l a b e a u t é d u t e x t e o r i g i n a l .
Ou bien dans le regard, où l'on prit et retint,
pour les perdre à nouveau, les baroques figures
d'anges qui se dressaient, parmi les campanules,
dans la prairie, emplies de souvenirs, avant
que le parc du château n'encerclât, clos, la course,
et qu'il ne la frôlât, qu'il ne la recouvrît,
la relâchant soudain : le portail était là,
qui, comme s'il l'avait appelé, désormais
contraignait à tourner le long front du bâti,
après quoi l'on stoppa. Éclat d'un glissement
sur la porte vitrée ; et par son ouverture
jaillit un lévrier, qui porta ses flancs creux,
comme il en descendait, contre le plat des marches.
C e s o n t c e s « p o èm e s d e l 'o e i l », d e l 'o e i l p o s é s u r l e s c h o s e s e t l e s p a y s a g e s , s u r l e s m o n u m e n t s , s u r l e s s c èn e s d 'i n t ér i e u r , s u r t o u t c e q u i f a i t l e m o n d e s e n s i b l e , q u e n o u s s o u h a i t o n s [ r e ] f a i r e d éc o u v r i r a u l e c t e u r f r a n ça i s , d a n s u n e éd i t i o n b i l i n g u e ( a c t u e l l e m e n t l a s e u l e d i s p o n i b l e s u r l e m a r c h é éd i t o r i a l ) e t d a n s u n e t r a d u c t i o n n o u v e l l e q u i c h e r c h e à r e n d r e , a v e c t o u t e s l e s d i f f i c u l t és d e l 'e n t r e p r i s e , l a b e a u t é d u t e x t e o r i g i n a l .
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